Este é um pequeno guia para os visitantes interessados na cultura popular do Maranhão, baseado nos seguintes autores:
Sínteses:
Livro: Folclore Maranhense (Informes).
Autor: José Ribamar Sousa Reis.
TUDO É CULTURA
(Sebastião Santos-Popular)
Conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções; conjunto das canções populares de uma época ou região; estudo e conhecimento das tradições de um povo expressas em suas lendas, crenças, canções e costumes.
(Dicionário Aurélio).
Observações:
• Influências étnicas ameríndias e luso-africanas;
• Preservação dos passos culturais;
• Sinais vivos da passagem, vivência, existência, enfim, a marca do homem no planeta Terra.
• O maranhense é um digno representante da miscigenação das primeiras etnias mais formadoras da população brasileira, possuindo nas suas raízes o maior gosto pelos ritmos de seus antepassados que formam por sua vez, as vigas mestras de sua cultura popular.
• Aquilo que não precisa ser resgatado e faz parte do quotidiano alegre de um povo, é considerado popular e não folclórico*.
Origem: Africana.
O tambor de crioula é uma dança tida por muitos como, sensual, erótica e até luxuriosa por alguns.
Seus componentes são chamados de coureiros. Os percussionistas ditam o ritmo com três tambores: o Grande, o Meião e o Crivador, aquecidos para afiná-los com o calor de uma fogueira.
As mulheres usam longas saias rodadas e coloridas, enquanto que os homens usam chapéu de palha e camisas que geralmente combinam com as estampas das saias.
A conotação ritualística do tambor de crioula expressa (quando se tem motivos), o pagamento de uma promessa a santos como, por exemplo, São Benedito, protetor dos negros.
A punga ou umbigada é a maior valia desta dança de participação destacada da mulher.
Primeiramente, os cantadores tiram as toadas e os demais em coro, começam a dançar. Da roda sai uma mulher que dança diante dos tambores (seguindo uma ordem para reverenciá-los*),quando o tambor Grande dá um toque diferente, ela sai dançando e dá uma umbigada em outra que repete sucessivamente o feito.
O tambor é uma manifestação de qualquer época e lugar.
http://www.youtube.com/watch?v=FnwkWqsfsFM
Veja outros exemplos na minha página do YouTube:
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/2/H2DNr4qMXq4
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/1/mFLhyKpG4ok
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/0/ytSZDgHgRlI
Origem: Portuguesa.
Especificamente, nos dias de janeiro os cordões acontecem percorrendo ruas e realizando suas evoluções diante de presépios em residências.
O grupo é constituído por moças bem catitas, acompanhadas de mini orquestras ou ritmadas ainda por flautas, violas, pandeiros e maracás, entoando suas loas.
Esta manifestação representa a visitação dos Reis Magos ao Menino Jesus (daí o termo Reisado também ser utilizado*).
Tirar ou pedir reis é o termo popular da sugestão das loas.
Origem: Francesa.
É uma contradança conservada principalmente em Rosário e Axixá.
Seus participantes dançam em volta dos músicos em pares.
Os cantores improvisam cânticos que variam em acontecimentos diários do s intérpretes. Os instrumentos utilizados são: o violão, cavaquinho ou banjo, pandeiros, rabeca e pífano.
A dança é dividida em quatro partes:
1. CHORADO _ Tocadores, cantores e participantes cumprimentam-se com saudações formando a partir daí os cordões.
2. DANÇA GRANDE _ É a mais longa e alegre, com variedade de passos que representam um diálogo coreográfico, onde os pares cortejam uns aos outros. Há intervalos que são interrompidos pelo chorado que chama todos a continuar a dança.
3. TALAVERA _ Os participantes dançam sempre de braços dados (é a parte madrigal da dança do lelê).
4. CAJUEIRO _ A coreografia diversifica e é chamada de “juntar castanhas e colher caju”, é a madrugada até o amanhecer.
http://www.youtube.com/watch?v=I-rBYAQb-vU
Origem: lusa
É executada ante um altar santo padroeiro das “titias”, quando em retribuição a alguma graça alcançada.
O baile é animado pelos ritmos das violas, rebecas, castanholas e pandeiros.
É uma dança que mantém ligações com a religiosidade apesar da mesclagem negra de sua origem. Há quem diga que esta é de Tutóia.
Ao som de quatro caixas-tambores, cuíca e uma cabaça envolvida de sementes improvisadas, os participantes respondem com o refrão.
Nesta dança existe a “Rainha do Caroço”, seus brincantes podem ser de qualquer sexo ou idade e sua forma é livre.
As roupas são simples, em geral são trajados vestidos de corpo baixo branco, com gola redonda e mangas de quatro folhos pequenos da mesma fazenda da saia (franzida e curta com três folhos).
http://www.youtube.com/watch?v=ZL60QTupOog
http://www.youtube.com/watch?v=j1M4IzuxQZ0
É uma dança que pertence ao grande grupo de sambas de roda, típica de São Bento e Cajapió.
Num ritmo alegre e contagiante (não mais que o tambor-de-crioula), seus percussionistas embalam os casais que tanto dançam na roda, quanto os que estão dentro dela.
O par ou os dois pares do centro exibem coreografias com reviravoltas violentas; os da roda não fazem menos, executando passos rápidos, variados e de inversões.
De influência africana e indígena, esta dança de roda cantada é acompanhada de palmas, pandeiros, ganzás, cuícas, viola e até violão.
É muito popular no Nordeste, tanto no sertão quanto no litoral, o que propõe muitas variantes.
Esta dança executada com simples sapateados nos lembra o trabalho coletivo das (os) quebradeiras de coco. Do puro canto de trabalho, passou-se ao baile propriamente dito.
http://www.youtube.com/watch?v=fzQOLuhbNwk
Criada por Seu Lauro da Ivar Saldanha na década de 70, o cacuriá (palavra que Seu Lauro não transmitiu o significado), é uma maliciosa dança de ritmo contagiante acompanhado pelas caixas do Divino.
Esta dança surgiu provavelmente do “Carimbó de Caixeiras”, que é uma festa “particular” realizada após a derrubada do mastro para folgar e se divertir pelas caixeiras do Divino.
http://www.youtube.com/watch?v=yHO_3Sy8HRA
"Folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas."
(Wikipédia)
Era o carnaval de rua feito de alegria, essência de goma de tapioca e roupas de todos os tipos de manifestações populares. Havia uma indumentária característica: um vestido de chita, afogado, com mangas largas e compridas de cânhamo, cintura curtíssima logo abaixo dos seios, saia muito curta na frente e arrastando atrás uma extensa cauda com folho largo da mesma fazenda, anágua farfalhante dura de goma, argolões na orelha e ao pescoço cordão de couro com figa de chinelos de pelica branca ou polimento apoiando-lhe o meio da sola no salto, o que comunicava gingado e cadência que chamava atenção à distância.
Era uma brincadeira típica acompanhada de reco-recos, pandeiros e violões. Foi perseguido, cognominado como coisa de negro depreciativamente, era uma ofensa ser chamado de participante de Baralho.
Este folguedo desenrola-se com a lenda sobre acontecimentos com um casal de escravos de uma fazenda.
O marido (Pai Francisco), e a mulher (Catirina), que grávida, deseja comer a língua de um boi, este roubado do patrão. Logo no início da matança Chico é descoberto e preso pelo capataz para apuração do ocorrido.
Toda a fazenda (doutores e até pajés) mobiliza-se na tentativa de animar o boi, que com esforço de todos ressucita, livrando Chico da morte, assim todos se alegram.
Personagens do auto:
1. DONO DA FAZENDA _ Líder e tesoureiro.
2. AMO-CAPATAZ _ Cantador de toadas. Característico por usar um maracá nas mãos representando o comando.
3. PAI FRANCISCO _ Negro escravo, ladrão de boi, também chamado brincalhão. Característico por portar uma bonequinha para arrumar uns trocados, máscara, vestimenta pesada e grotesca, porém iluminada com espingarda de pau, podendo haver mais de um no mesmo grupo.
4. CATIRINA _ Mulher de Chico. Característica por usar máscara, barriga falsa, sendo um homem sob o costume.
5. VAQUEIROS, RAJADOS OU CABOCLO DE FITA _ Neste último, termo distinto dos grupos de zabumba. Caracterizado por usar uma calça, manta trabalhada, colete esmerado e o chapéu.
6. CABOCLO REAL OU CABOCLO DE FITA _ Característica da indumentária: penas de ema tingidas, perneira, joelheira, bracelete, tanga e chapéu com diâmetro a partir de um metro e meio.
7. ÍNDIOS (AS) _ Assemelham-se com o índio tradicional. Usam cocar, peitoral trabalhado, adereços, braçadeiras, perneiras, tanga e alguns grupos ainda arco e flecha.
8. MIOLO _ O que brinca debaixo do boi, responsável por suas evoluções.
9. BURRINHA _ Imitação de uma burra. Característica: uma armação de buriti, coberta de chita, o brincante fica no meio prendendo a burrinha nos ombros com cordões, imitando suspensórios. Estando ao redor do boi, zomba, dá assistência, vigia a roda mantendo diâmetro necessário às evoluções dos participantes.
10. DOUTOR E PAJÉ _ Quem salva o boi.
11. DONA MARIA _ Esposa do amo, a patroa.
12. MUTUCAS _ As mulheres que não dançam, guardando e servindo a cana, garantindo o visual dos brincantes.
Tem como sotaque os instrumentos de percussão como: matraca, tambor de onça, pandeiros e maracás (amo). Exemplos: Boi do Sítio do Apicum, Boi da Maioba, Boi da Pindoba, de Iguaíba, Maracanã, Madre Deus, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=Vq3vShrJZXo
Denominação derivada de tambores bombos, chamados zabumba, de meio metro de altura com um descanso, uma forquilha. Quem os toca, são os “musgos”. Também há pandeirinhos ou repinicadores (menores que o de matraca), e maracás.
Exemplo: Boi de Leonardo, Lauro, Antero, Newton Canuto.
http://www.youtube.com/watch?v=njrefBz16Fg
Tem diferenças nos instrumentos apresentando os de sopro e cordas: saxofones, banjos, clarinetas, flautas entre outros, além de um bumbo, um tambor-onça e maracás.
Exemplo: Axixá, Morros, Nina Rodrigues, Humberto de Campos, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=XfH7Hzxbg_Y
Liderados pelo município que lhe deu o nome, é parecido com o sotaque de matraca, apenas o ritmo é mais lento, os pandeiros são menores, sobressaindo o grande chapéu do rajado.
http://www.youtube.com/watch?v=18sPgkG_yDk
http://www.youtube.com/watch?v=UiVBDFuSV-4
Usam somente maracá e pandeiros tocados literalmente com a costa da mão.
http://www.youtube.com/watch?v=Bnc7wZNur-4
http://www.youtube.com/watch?v=d4VOgVlqL7U
Sínteses:
Livro: Folclore Maranhense (Informes).
Autor: José Ribamar Sousa Reis.
TUDO É CULTURA
(Sebastião Santos-Popular)
FOLCLORE
(Dicionário Aurélio).
Observações:
• Influências étnicas ameríndias e luso-africanas;
• Preservação dos passos culturais;
• Sinais vivos da passagem, vivência, existência, enfim, a marca do homem no planeta Terra.
• O maranhense é um digno representante da miscigenação das primeiras etnias mais formadoras da população brasileira, possuindo nas suas raízes o maior gosto pelos ritmos de seus antepassados que formam por sua vez, as vigas mestras de sua cultura popular.
• Aquilo que não precisa ser resgatado e faz parte do quotidiano alegre de um povo, é considerado popular e não folclórico*.
DANÇAS TRADICIONAIS E POPULARES MARANHENSES
TAMBOR DE CRIOULA
Origem: Africana.
O tambor de crioula é uma dança tida por muitos como, sensual, erótica e até luxuriosa por alguns.
Seus componentes são chamados de coureiros. Os percussionistas ditam o ritmo com três tambores: o Grande, o Meião e o Crivador, aquecidos para afiná-los com o calor de uma fogueira.
As mulheres usam longas saias rodadas e coloridas, enquanto que os homens usam chapéu de palha e camisas que geralmente combinam com as estampas das saias.
A conotação ritualística do tambor de crioula expressa (quando se tem motivos), o pagamento de uma promessa a santos como, por exemplo, São Benedito, protetor dos negros.
A punga ou umbigada é a maior valia desta dança de participação destacada da mulher.
Primeiramente, os cantadores tiram as toadas e os demais em coro, começam a dançar. Da roda sai uma mulher que dança diante dos tambores (seguindo uma ordem para reverenciá-los*),quando o tambor Grande dá um toque diferente, ela sai dançando e dá uma umbigada em outra que repete sucessivamente o feito.
O tambor é uma manifestação de qualquer época e lugar.
Veja outros exemplos na minha página do YouTube:
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/2/H2DNr4qMXq4
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/1/mFLhyKpG4ok
http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/0/ytSZDgHgRlI
CORDÕES DE REIS
Origem: Portuguesa.
Especificamente, nos dias de janeiro os cordões acontecem percorrendo ruas e realizando suas evoluções diante de presépios em residências.
O grupo é constituído por moças bem catitas, acompanhadas de mini orquestras ou ritmadas ainda por flautas, violas, pandeiros e maracás, entoando suas loas.
Esta manifestação representa a visitação dos Reis Magos ao Menino Jesus (daí o termo Reisado também ser utilizado*).
Tirar ou pedir reis é o termo popular da sugestão das loas.
DANÇA DO LELÊ, DANÇA DE VELHO, PÉLA PORCO OU PÉLA
Origem: Francesa.
É uma contradança conservada principalmente em Rosário e Axixá.
Seus participantes dançam em volta dos músicos em pares.
Os cantores improvisam cânticos que variam em acontecimentos diários do s intérpretes. Os instrumentos utilizados são: o violão, cavaquinho ou banjo, pandeiros, rabeca e pífano.
A dança é dividida em quatro partes:
1. CHORADO _ Tocadores, cantores e participantes cumprimentam-se com saudações formando a partir daí os cordões.
2. DANÇA GRANDE _ É a mais longa e alegre, com variedade de passos que representam um diálogo coreográfico, onde os pares cortejam uns aos outros. Há intervalos que são interrompidos pelo chorado que chama todos a continuar a dança.
3. TALAVERA _ Os participantes dançam sempre de braços dados (é a parte madrigal da dança do lelê).
4. CAJUEIRO _ A coreografia diversifica e é chamada de “juntar castanhas e colher caju”, é a madrugada até o amanhecer.
DANÇA DE SÃO GONÇALO
Origem: lusa
É executada ante um altar santo padroeiro das “titias”, quando em retribuição a alguma graça alcançada.
O baile é animado pelos ritmos das violas, rebecas, castanholas e pandeiros.
DANÇA DO CAROÇO
É uma dança que mantém ligações com a religiosidade apesar da mesclagem negra de sua origem. Há quem diga que esta é de Tutóia.
Ao som de quatro caixas-tambores, cuíca e uma cabaça envolvida de sementes improvisadas, os participantes respondem com o refrão.
Nesta dança existe a “Rainha do Caroço”, seus brincantes podem ser de qualquer sexo ou idade e sua forma é livre.
As roupas são simples, em geral são trajados vestidos de corpo baixo branco, com gola redonda e mangas de quatro folhos pequenos da mesma fazenda da saia (franzida e curta com três folhos).
http://www.youtube.com/watch?v=ZL60QTupOog
http://www.youtube.com/watch?v=j1M4IzuxQZ0
BAMBAÊ DE CAIXA
É uma dança que pertence ao grande grupo de sambas de roda, típica de São Bento e Cajapió.
Num ritmo alegre e contagiante (não mais que o tambor-de-crioula), seus percussionistas embalam os casais que tanto dançam na roda, quanto os que estão dentro dela.
O par ou os dois pares do centro exibem coreografias com reviravoltas violentas; os da roda não fazem menos, executando passos rápidos, variados e de inversões.
DANÇA DO COCO
De influência africana e indígena, esta dança de roda cantada é acompanhada de palmas, pandeiros, ganzás, cuícas, viola e até violão.
É muito popular no Nordeste, tanto no sertão quanto no litoral, o que propõe muitas variantes.
Esta dança executada com simples sapateados nos lembra o trabalho coletivo das (os) quebradeiras de coco. Do puro canto de trabalho, passou-se ao baile propriamente dito.
http://www.youtube.com/watch?v=fzQOLuhbNwk
CACURIÁ
Criada por Seu Lauro da Ivar Saldanha na década de 70, o cacuriá (palavra que Seu Lauro não transmitiu o significado), é uma maliciosa dança de ritmo contagiante acompanhado pelas caixas do Divino.
Esta dança surgiu provavelmente do “Carimbó de Caixeiras”, que é uma festa “particular” realizada após a derrubada do mastro para folgar e se divertir pelas caixeiras do Divino.
http://www.youtube.com/watch?v=yHO_3Sy8HRA
FOLGUEDOS
"Folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas."
(Wikipédia)
BARALHO
Era uma brincadeira típica acompanhada de reco-recos, pandeiros e violões. Foi perseguido, cognominado como coisa de negro depreciativamente, era uma ofensa ser chamado de participante de Baralho.
O mais autêntico folguedo maranhense é o Bumba-meu-boi.
Este folguedo desenrola-se com a lenda sobre acontecimentos com um casal de escravos de uma fazenda.
O marido (Pai Francisco), e a mulher (Catirina), que grávida, deseja comer a língua de um boi, este roubado do patrão. Logo no início da matança Chico é descoberto e preso pelo capataz para apuração do ocorrido.
Toda a fazenda (doutores e até pajés) mobiliza-se na tentativa de animar o boi, que com esforço de todos ressucita, livrando Chico da morte, assim todos se alegram.
Personagens do auto:
1. DONO DA FAZENDA _ Líder e tesoureiro.
2. AMO-CAPATAZ _ Cantador de toadas. Característico por usar um maracá nas mãos representando o comando.
3. PAI FRANCISCO _ Negro escravo, ladrão de boi, também chamado brincalhão. Característico por portar uma bonequinha para arrumar uns trocados, máscara, vestimenta pesada e grotesca, porém iluminada com espingarda de pau, podendo haver mais de um no mesmo grupo.
4. CATIRINA _ Mulher de Chico. Característica por usar máscara, barriga falsa, sendo um homem sob o costume.
5. VAQUEIROS, RAJADOS OU CABOCLO DE FITA _ Neste último, termo distinto dos grupos de zabumba. Caracterizado por usar uma calça, manta trabalhada, colete esmerado e o chapéu.
6. CABOCLO REAL OU CABOCLO DE FITA _ Característica da indumentária: penas de ema tingidas, perneira, joelheira, bracelete, tanga e chapéu com diâmetro a partir de um metro e meio.
7. ÍNDIOS (AS) _ Assemelham-se com o índio tradicional. Usam cocar, peitoral trabalhado, adereços, braçadeiras, perneiras, tanga e alguns grupos ainda arco e flecha.
8. MIOLO _ O que brinca debaixo do boi, responsável por suas evoluções.
9. BURRINHA _ Imitação de uma burra. Característica: uma armação de buriti, coberta de chita, o brincante fica no meio prendendo a burrinha nos ombros com cordões, imitando suspensórios. Estando ao redor do boi, zomba, dá assistência, vigia a roda mantendo diâmetro necessário às evoluções dos participantes.
10. DOUTOR E PAJÉ _ Quem salva o boi.
11. DONA MARIA _ Esposa do amo, a patroa.
12. MUTUCAS _ As mulheres que não dançam, guardando e servindo a cana, garantindo o visual dos brincantes.
SOTAQUES
(tipos ou estilos)
BOI DE MATRACA
Tem como sotaque os instrumentos de percussão como: matraca, tambor de onça, pandeiros e maracás (amo). Exemplos: Boi do Sítio do Apicum, Boi da Maioba, Boi da Pindoba, de Iguaíba, Maracanã, Madre Deus, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=Vq3vShrJZXo
BOI DE ZABUMBA
Denominação derivada de tambores bombos, chamados zabumba, de meio metro de altura com um descanso, uma forquilha. Quem os toca, são os “musgos”. Também há pandeirinhos ou repinicadores (menores que o de matraca), e maracás.
Exemplo: Boi de Leonardo, Lauro, Antero, Newton Canuto.
http://www.youtube.com/watch?v=njrefBz16Fg
BOI DE ORQUESTRA
Tem diferenças nos instrumentos apresentando os de sopro e cordas: saxofones, banjos, clarinetas, flautas entre outros, além de um bumbo, um tambor-onça e maracás.
Exemplo: Axixá, Morros, Nina Rodrigues, Humberto de Campos, etc.
http://www.youtube.com/watch?v=XfH7Hzxbg_Y
BOI DE PINDARÉ
Liderados pelo município que lhe deu o nome, é parecido com o sotaque de matraca, apenas o ritmo é mais lento, os pandeiros são menores, sobressaindo o grande chapéu do rajado.
http://www.youtube.com/watch?v=18sPgkG_yDk
http://www.youtube.com/watch?v=UiVBDFuSV-4
BOI DE CURURUPU, SOTAQUE COSTA DE MÃO
Usam somente maracá e pandeiros tocados literalmente com a costa da mão.
http://www.youtube.com/watch?v=Bnc7wZNur-4
BOI DE CAIXA ; SOTAQUE DE CAIXA
O sotaque de caixa é típico de algumas zonas rurais da baixada maranhense, sendo basicamente um boi de promessa e de tradição familiar, onde a as CAIXAS são os únicos instrumentos ocorrentes.
https://www.youtube.com/watch?v=jFts662vbUc
Faltaram muitos trajes, algumas danças ficaram sem seu devido traje e nos deixou sem informações
ResponderExcluirOlá Ana Beatriz... Trajes,partituras e outros aprofundamentos não fazem parte do livro aqui resumido, eu acrescentei os links das respectivas manifestações para dar uma idéia aos que nunca ouviram falar dessas danças para mostrar a beleza de todas elas também seus figurinos maravilhosos. Obrigada
ResponderExcluirOlá, procuro informação sobre uma dança conhecida pelo nome de Landê, ou Landler, ou Landlê. Dizem que é uma dança típica do Marannhão. Se puder me passar alguma informação a respeito ficarei muitíssimo grato.
ResponderExcluirOlá Ilton, acredito que estejas se referindo ao LELÊ, em São Luís tens de consultar a agenda cultural do governo do Estado para poder assistir a uma exibição. Podes também ir ao Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho na Rua do Giz, e procurar maiores informações. Certamente, encontrarás em Rosário algum festejo com uma apresentação da DANÇA DO LELÊ.
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