Lerê Virginia, simplesmente Lerê

NUNCA é TARDE PARA DESCOBRIR-SE NUMA NOVA CARREIRA! ACREDITE EM UM SIMPLES EXEMPLO DISTO.

BEM-VINDO AO LUGAR ONDE A ARGILA SE TRANSFORMA EM OBRA DE ARTE, A ALMA SE MOVE COM SONS HARMONIOSOS PINTADOS EM NOTAS DE TODOS OS TONS.


OBRIGADA POR PERCEBER MEUS MOMENTOS E SENTIMENTOS.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O verdadeiro tambor-de-crioula I


Tambor De Crioula
Dança-Herança
Dos Negros no Maranhão
     
                                                  Lerê

Compreenda o Tambor de Crioula com o melhor documentário já feito sobre o assunto.










O verdadeiro tambor-de-crioula II


Tambor
Calor
Amor
Já Vou!

                            Lerê

Graças São Benedito!
Graças meu Divino Espírito Santo!
Graças aos quilombos!
Graças aos amantes da tradição popular!
Graças aos que respeitam e admiram o tambor-de-crioula!
Graças que a tradição continua!
                                                                                                                     Lerê

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Do Maranhão à Marim dos Caetés



Boizinho 


Do Maranhão à Marim dos Caetés

Quando nasceu o Menino Jesus
Veio ao mundo cercado por animais
Protegido pelo abraço de seus pais
Se ouviu o cântico dos Anjos de Luz


Numa estribaria, quem diria
Testemunharam o jumentinho, a galinha,
os cordeirinhos, o galo e a vaquinha
Aquela bênção que à humanidade mudaria


Mas o boi não contendo sua felicidade
Saiu contando para toda a cidade!


Festejando a chegada do Menino-Deus
Lá se foi errante mundo à fora
Gravando no seu lombo as recordações de outrora
Agregando os valores de culturas aos seus


E assim o boizinho viajante
Dançando enfeitado com uma estrela brilhante
Anunciou desde o Natal sem parar
A chegada da salvação em todo lugar.


                                                                                                  Lerê






domingo, 5 de dezembro de 2010

Primeira e Segunda Expo

Exposição: O Religioso e o Profano

Exposição: O Religioso e o Profano


METROREC Recife-PE

DO MARANHÃO À MARIM DOS CAETÉS
 
Presépio em exposição no METROREC

DO MARANHÃO À MARIM DOS CAETÉS

Camelo e jumento do presépio de Lerê

Estas são imagens de minha primeira participação em uma exposição,com minha obra "DO MARANHÃO À MARIM DOS CAETÉS"(gentilmente batizada pela senhora Terezinha do Map),resultado do curso promovido pelo Museu de arte Popular do Recife com o Mestre Sussula de Tracunhaém. Fomos convidados para exibir nossas obras como parte final deste trabalho.Muito obrigada a todos que nos deram esta oportunidade e aos colegas de curso.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dança Afro em Ação Voluntária

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Dança Afro em Ação Voluntária


Paulo Melo Sousa

A partir de um desejo pessoal de fazer alguma coisa em benefício de crianças e adolescentes carentes do bairro da Vila Palmeira, em São Luís, a dançarina Virgínia Costa, que adota o nome artístico de Lerê, criou uma pequena Companhia de Dança Afro Lerê, com inspiração claramente social. A dinâmica do trabalho envolve transmissão de conhecimentos sobre a história da dança, do bairro em questão e da cidade. As atividades da escola estão abertas à comunidade, embora as crianças sejam o alvo principal da iniciativa. Virgínia, 29 anos, filha de mãe maranhense e pai paraense, nasceu no Rio de Janeiro, tendo estudado na capital carioca balé clássico, vindo morar em São Luís aos 9 anos. Aqui, praticou ginástica rítmica até os 18 anos, tendo sido campeã maranhense por várias vezes, integrando ainda, durante algum tempo, o corpo de baile do Teatro Arthur Azevedo. Desde o momento em que tomou contato com a realidade do bairro em que mora, Virgínia alimentou o sonho de desenvolver alguma ação no intuito de contribuir com a comunidade. Sempre realizando atividades culturais no bairro, a dançarina conseguiu, finalmente, inaugurar um espaço há cerca de um ano e três meses, numa casa que se localiza na rua do Evangelho, nº 150 - B , próximo à feira da Vila Palmeira.

No momento, 20 crianças estão freqüentando o local, recebendo reforço escolar. As aulas de dança, artesanato e de capoeira (com Mestre Saci) são gratuitas, ministradas por professores que realizam trabalho voluntário. A dança incorpora ritmos africanos, brasileiros e maranhenses, e conta com a participação de adultos. Virgínia Costa carrega na bagagem cursos que realizou na Europa, na área de dança afro contemporânea, pela Companhia de Dança de Norma Claire (2002 / 2003), e na Guiana Francesa, no setor de dança tradicional africana, étnica, com integrantes da etnia Boni, negros descendentes de africanos que se instalaram naquela região e que oferecem cursos de danças chamadas Sanguê e Awassa.

Existe uma preocupação necessária com a formação das crianças e dos jovens. “Não queremos levar as crianças a fazerem apresentações públicas sem que antes elas tenham o preparo, a devida informação sobre o que estão fazendo, sobretudo no que se refere à cultura popular; dessa forma, nós estamos investindo na formação de uma base sólida na parte teórica, pois acreditamos que, dessa maneira, elas terão mais envolvimento com o processo, facilitando o aprendizado”, declara Virgínia Costa. O trabalho voluntário conta com vários apoios, como o da professora de História Leidiana Caldas. Formada pela UFMA, ela declara que “tenho proferido algumas palestras sobre o tema da minha área, sobretudo nas datas históricas, visando trabalhar o significado das mesmas; pretendemos trabalhar com História do Maranhão, e temos projeto para realizar esse trabalho. No momento, aguardamos resposta de financiadores para darmos início ao trabalho”. No carro-chefe da proposta, o Projeto Pulular, existem planos para a introdução de educação ambiental, formação de platéia para cinema e vídeo, oficinas de percussão e música, e até o Clube dos Astros, de Astronomia. Faltam, contudo, voluntários, para que a iniciativa seja ampliada.

As crianças e jovens são oriundas do interior do Estado, ou filhos de pessoas que nasceram por lá, e que já trazem a informação de festas e manifestações folclóricas tradicionais, o que contribui para a identificação das mesmas com a proposta da escola. Maria José Oliveira, 9 anos, diz que “eu adoro este lugar, gosto de dançar e quero continuar aqui com minhas colegas”. Carla Stéfanie Silva, 7 anos, que faz parte do grupo há mais tempo, afirma que “eu quero ser bombeiro e bailarina, quando crescer, por isso eu estou aprendendo aqui”. Dayane da Silva, 12 anos, diz que “nós estamos aprendendo muita coisa aqui que a gente não aprende na escola normal, e eu estou adorando tudo; quero continuar”. Todos esses sonhos caminham com muito entusiasmo e alegria, e o grupo, animaado e barulhento, aumenta a adrenalina de professores e coordenadores.

A dinâmica do trabalho inclui visitas a museus, teatros e a pontos turísticos tradicionais da cidade, no intuito de promover uma identificação maior das crianças com o espaço no qual vivem. O contato com apresentações culturais visa despertar o interesse das mesmas pelo segmento cultural, ou ainda promover o respeito por tais manifestações. Dessa forma, a escola vem priorizando a dança popular maranhense, como o Tambor-de-Crioula, o Bambaê de Caixa, o Cacuriá e o Bumba-Boi, dentre outros ritmos. “Minha família tem suas raízes na cidade de São Bento, e eu descobri há pouco tempo que a minha bisavó e a minha tia-bisavó dançavam o Tambor-de-Crioula, de tal forma que eu venho a cada dia me identificando com a cultura popular maranhense, me aperfeiçoando e transmitindo essa informação”, afirma Virgínia Costa. A dançarina está sempre realizando viagens, sobretudo à Europa, nas quais aproveita para realizar aperfeiçoamento profissional em escolas de dança. Com viagem marcada para o próximo dia 13 de outubro, ela embarca rumo a Paris para mais uma temporada de estudos.

Numa dessas viagens, ela teve oportunidade de acompanhar a Festa do Divino Espírito Santo nos Açores, Ilha de Santa Maria e Ilha da Terceira, em 2005 e, neste ano, já esteve na capital do Xaxado, visando aprender o ritmo nordestino e pesquisar sobre Lampião e Maria Bonita, em Serra Talhada, Pernambuco, durante a Festa da Padroeira da cidade, agora em agosto.

O trabalho voluntário conta com a ajuda financeira de mantenedores particulares, além de doações eventuais e o patrocínio da própria dançarina, o que garante o pagamento do aluguel do espaço, da água e da iluminação, salário da professora e compra de materiais didáticos e de artesanato, dentre outros. Para dona Tatiane de Jesus, mãe de uma das meninas que freqüentam o local, “acho este trabalho muito importante, pois as crianças se sentem muito bem neste espaço; eu também, sempre que posso, participo das atividades de alongamento e dança. Já deu para perceber uma mudança na minha filha, que antes era muito tímida e que, agora, está mais extrovertida e participando das atividades”. Qualquer ajuda é bem-vinda ao grupo, e as doações podem ser feitas pelo fone 81123150 ou no próprio local.

Veja a reportagem original do Jornal Pequeno no link abaixo:
http://www.jornalpequeno.com.br/2006/10/6/Pagina43445.htm

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que é Awassa?



Awassa é uma dança de origem africana tradicional da etnia Boní. Na Guiana Francesa, tive oportunidade de estudar e aprender com minhas amigas Monique, Veronique e Arianna do "Village Saramaka".

Utiliza-se atacado aos pés um instrumento percussivo chamado yo-yo kaway*, tecido manualmente, enfeitado com miçangas e sementes. Eles funcionam como chocalhos, estridentes, agudos e que devem obrigatoriamente acompanhar os músicos durante a exibição da dança. O yo-yo kaway relembra o som das correntes usadas durante a escravatura; e o que impediria maior liberdade de movimentos, constituía assim  num objeto para seduzir.

Com os braços suaves ao passo que todo o corpo vigorosamente exibe o jogo do quadril, o que mais impressiona no Awassa, é ter que dançar na maior parte do tempo agachada. Sendo ideal que o bumbum esteja na mesma altura dos joelhos, como se estivéssemos sentadas numa cadeira muito pequena, ou seja, quanto mais baixo, melhor. No caso dos homens, essa posição é mais tolerante, e sendo menos executada, eles gozam de maior conforto enquanto dançam.

Uma característica impressionante desta tradição boní, é ter de usar o "lado dos pés" enquanto se dança agachada e na meia ponta(tudo isso ao mesmo tempo), em uma troca de apoio muito veloz e sincronizada com os demais participantes do grupo.

Na filmagem do Festival de Awassa em Saint Laurent du Maroni na Guiana Francesa, podemos admirar um pouco dessa manifestação cultural rica e sedutora, misteriosa aos ouvidos e instintiva em todo o seu desenvolvimetno.

*Não sou segura se a grafia está correta.

sábado, 6 de novembro de 2010

Beijos Brennand

Como beijar um Brennand?

Simples...Basta ir em sua Oficina e fazer o que estou fazendo nas fotos...



Cheirando um Brennand



Na boca de Brennand

Selinho no Brennand
   
Olhando Brennand

Sentindo Brennand

 


                 " UM AMBIENTE QUE DESPERTA TODOS OS TEUS SENTIDOS  E DESEJOS...PARA QUEM PRECISA DE UMA GOTA DE  VIGOR, VAI ENCONTRAR AQUI MUITO MAIS DO QUE SE ESPERA...NESTE LUGAR TODOS OS PRAZERES SE ENCONTRAM NA ARTE DE BRENNAND."





terça-feira, 2 de novembro de 2010

Danças Maranhenses

Este é um pequeno guia para os visitantes interessados na cultura popular do Maranhão, baseado nos seguintes autores:

Sínteses:
Livro: Folclore Maranhense (Informes).
Autor: José Ribamar Sousa Reis.
TUDO É CULTURA
(Sebastião Santos-Popular)

FOLCLORE

Conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções; conjunto das canções populares de uma época ou região; estudo e conhecimento das tradições de um povo expressas em suas lendas, crenças, canções e costumes.
(Dicionário Aurélio).

Observações:

• Influências étnicas ameríndias e luso-africanas;

• Preservação dos passos culturais;

• Sinais vivos da passagem, vivência, existência, enfim, a marca do homem no planeta Terra.

• O maranhense é um digno representante da miscigenação das primeiras etnias mais formadoras da população brasileira, possuindo nas suas raízes o maior gosto pelos ritmos de seus antepassados que formam por sua vez, as vigas mestras de sua cultura popular.

• Aquilo que não precisa ser resgatado e faz parte do quotidiano alegre de um povo, é considerado popular e não folclórico*.

DANÇAS TRADICIONAIS E POPULARES MARANHENSES


TAMBOR DE CRIOULA

Origem: Africana.

O tambor de crioula é uma dança tida por muitos como, sensual, erótica e até luxuriosa por alguns.

Seus componentes são chamados de coureiros. Os percussionistas ditam o ritmo com três tambores: o Grande, o Meião e o Crivador, aquecidos para afiná-los com o calor de uma fogueira.

As mulheres usam longas saias rodadas e coloridas, enquanto que os homens usam chapéu de palha e camisas que geralmente combinam com as estampas das saias.

A conotação ritualística do tambor de crioula expressa (quando se tem motivos), o pagamento de uma promessa a santos como, por exemplo, São Benedito, protetor dos negros.

A punga ou umbigada é a maior valia desta dança de participação destacada da mulher.

Primeiramente, os cantadores tiram as toadas e os demais em coro, começam a dançar. Da roda sai uma mulher que dança diante dos tambores (seguindo uma ordem para reverenciá-los*),quando o tambor Grande dá um toque diferente, ela sai dançando e dá uma umbigada em outra que repete sucessivamente o feito.

O tambor é uma manifestação de qualquer época e lugar.


http://www.youtube.com/watch?v=FnwkWqsfsFM



Veja outros exemplos na minha página do YouTube:

http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/2/H2DNr4qMXq4

http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/1/mFLhyKpG4ok

http://www.youtube.com/user/LereVirginia?feature=mhum#p/f/0/ytSZDgHgRlI




CORDÕES DE REIS

Origem: Portuguesa.

Especificamente, nos dias de janeiro os cordões acontecem percorrendo ruas e realizando suas evoluções diante de presépios em residências.

O grupo é constituído por moças bem catitas, acompanhadas de mini orquestras ou ritmadas ainda por flautas, violas, pandeiros e maracás, entoando suas loas.

Esta manifestação representa a visitação dos Reis Magos ao Menino Jesus (daí o termo Reisado também ser utilizado*).

Tirar ou pedir reis é o termo popular da sugestão das loas.


DANÇA DO LELÊ, DANÇA DE VELHO, PÉLA PORCO OU PÉLA

Origem: Francesa.

É uma contradança conservada principalmente em Rosário e Axixá.

Seus participantes dançam em volta dos músicos em pares.

Os cantores improvisam cânticos que variam em acontecimentos diários do s intérpretes. Os instrumentos utilizados são: o violão, cavaquinho ou banjo, pandeiros, rabeca e pífano.

A dança é dividida em quatro partes:

1. CHORADO _ Tocadores, cantores e participantes cumprimentam-se com saudações formando a partir daí os cordões.

2. DANÇA GRANDE _ É a mais longa e alegre, com variedade de passos que representam um diálogo coreográfico, onde os pares cortejam uns aos outros. Há intervalos que são interrompidos pelo chorado que chama todos a continuar a dança.

3. TALAVERA _ Os participantes dançam sempre de braços dados (é a parte madrigal da dança do lelê).

4. CAJUEIRO _ A coreografia diversifica e é chamada de “juntar castanhas e colher caju”, é a madrugada até o amanhecer.


http://www.youtube.com/watch?v=I-rBYAQb-vU





DANÇA DE SÃO GONÇALO

Origem: lusa

É executada ante um altar santo padroeiro das “titias”, quando em retribuição a alguma graça alcançada.

O baile é animado pelos ritmos das violas, rebecas, castanholas e pandeiros.



DANÇA DO CAROÇO

É uma dança que mantém ligações com a religiosidade apesar da mesclagem negra de sua origem. Há quem diga que esta é de Tutóia.

Ao som de quatro caixas-tambores, cuíca e uma cabaça envolvida de sementes improvisadas, os participantes respondem com o refrão.

Nesta dança existe a “Rainha do Caroço”, seus brincantes podem ser de qualquer sexo ou idade e sua forma é livre.

As roupas são simples, em geral são trajados vestidos de corpo baixo branco, com gola redonda e mangas de quatro folhos pequenos da mesma fazenda da saia (franzida e curta com três folhos).


http://www.youtube.com/watch?v=ZL60QTupOog



http://www.youtube.com/watch?v=j1M4IzuxQZ0







BAMBAÊ DE CAIXA

É uma dança que pertence ao grande grupo de sambas de roda, típica de São Bento e Cajapió.

Num ritmo alegre e contagiante (não mais que o tambor-de-crioula), seus percussionistas embalam os casais que tanto dançam na roda, quanto os que estão dentro dela.

O par ou os dois pares do centro exibem coreografias com reviravoltas violentas; os da roda não fazem menos, executando passos rápidos, variados e de inversões.


DANÇA DO COCO

De influência africana e indígena, esta dança de roda cantada é acompanhada de palmas, pandeiros, ganzás, cuícas, viola e até violão.

É muito popular no Nordeste, tanto no sertão quanto no litoral, o que propõe muitas variantes.

Esta dança executada com simples sapateados nos lembra o trabalho coletivo das (os) quebradeiras de coco. Do puro canto de trabalho, passou-se ao baile propriamente dito.

http://www.youtube.com/watch?v=fzQOLuhbNwk






CACURIÁ

Criada por Seu Lauro da Ivar Saldanha na década de 70, o cacuriá (palavra que Seu Lauro não transmitiu o significado), é uma maliciosa dança de ritmo contagiante acompanhado pelas caixas do Divino.

Esta dança surgiu provavelmente do “Carimbó de Caixeiras”, que é uma festa “particular” realizada após a derrubada do mastro para folgar e se divertir pelas caixeiras do Divino.


http://www.youtube.com/watch?v=yHO_3Sy8HRA






FOLGUEDOS

"Folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas."
                                   (Wikipédia)


BARALHO

Era o carnaval de rua feito de alegria, essência de goma de tapioca e roupas de todos os tipos de manifestações populares. Havia uma indumentária característica: um vestido de chita, afogado, com mangas largas e compridas de cânhamo, cintura curtíssima logo abaixo dos seios, saia muito curta na frente e arrastando atrás uma extensa cauda com folho largo da mesma fazenda, anágua farfalhante dura de goma, argolões na orelha e ao pescoço cordão de couro com figa de chinelos de pelica branca ou polimento apoiando-lhe o meio da sola no salto, o que comunicava gingado e cadência que chamava atenção à distância.
Era uma brincadeira típica acompanhada de reco-recos, pandeiros e violões. Foi perseguido, cognominado como coisa de negro depreciativamente, era uma ofensa ser chamado de participante de Baralho.


O mais autêntico folguedo maranhense é o Bumba-meu-boi.

Este folguedo desenrola-se com a lenda sobre acontecimentos com um casal de escravos de uma fazenda.

O marido (Pai Francisco), e a mulher (Catirina), que grávida, deseja comer a língua de um boi, este roubado do patrão. Logo no início da matança Chico é descoberto e preso pelo capataz para apuração do ocorrido.

Toda a fazenda (doutores e até pajés) mobiliza-se na tentativa de animar o boi, que com esforço de todos ressucita, livrando Chico da morte, assim todos se alegram.
Personagens do auto:

1. DONO DA FAZENDA _ Líder e tesoureiro.

2. AMO-CAPATAZ _ Cantador de toadas. Característico por usar um maracá nas mãos representando o comando.

3. PAI FRANCISCO _ Negro escravo, ladrão de boi, também chamado brincalhão. Característico por portar uma bonequinha para arrumar uns trocados, máscara, vestimenta pesada e grotesca, porém iluminada com espingarda de pau, podendo haver mais de um no mesmo grupo.

4. CATIRINA _ Mulher de Chico. Característica por usar máscara, barriga falsa, sendo um homem sob o costume.

5. VAQUEIROS, RAJADOS OU CABOCLO DE FITA _ Neste último, termo distinto dos grupos de zabumba. Caracterizado por usar uma calça, manta trabalhada, colete esmerado e o chapéu.

6. CABOCLO REAL OU CABOCLO DE FITA _ Característica da indumentária: penas de ema tingidas, perneira, joelheira, bracelete, tanga e chapéu com diâmetro a partir de um metro e meio.

7. ÍNDIOS (AS) _ Assemelham-se com o índio tradicional. Usam cocar, peitoral trabalhado, adereços, braçadeiras, perneiras, tanga e alguns grupos ainda arco e flecha.

8. MIOLO _ O que brinca debaixo do boi, responsável por suas evoluções.

9. BURRINHA _ Imitação de uma burra. Característica: uma armação de buriti, coberta de chita, o brincante fica no meio prendendo a burrinha nos ombros com cordões, imitando suspensórios. Estando ao redor do boi, zomba, dá assistência, vigia a roda mantendo diâmetro necessário às evoluções dos participantes.

10. DOUTOR E PAJÉ _ Quem salva o boi.

11. DONA MARIA _ Esposa do amo, a patroa.

12. MUTUCAS _ As mulheres que não dançam, guardando e servindo a cana, garantindo o visual dos brincantes.


SOTAQUES
(tipos ou estilos)


BOI DE MATRACA

Tem como sotaque os instrumentos de percussão como: matraca, tambor de onça, pandeiros e maracás (amo). Exemplos: Boi do Sítio do Apicum, Boi da Maioba, Boi da Pindoba, de Iguaíba, Maracanã, Madre Deus, etc.

http://www.youtube.com/watch?v=Vq3vShrJZXo





BOI DE ZABUMBA

Denominação derivada de tambores bombos, chamados zabumba, de meio metro de altura com um descanso, uma forquilha. Quem os toca, são os “musgos”. Também há pandeirinhos ou repinicadores (menores que o de matraca), e maracás.

Exemplo: Boi de Leonardo, Lauro, Antero, Newton Canuto.

http://www.youtube.com/watch?v=njrefBz16Fg





BOI DE ORQUESTRA

Tem diferenças nos instrumentos apresentando os de sopro e cordas: saxofones, banjos, clarinetas, flautas entre outros, além de um bumbo, um tambor-onça e maracás.

Exemplo: Axixá, Morros, Nina Rodrigues, Humberto de Campos, etc.

http://www.youtube.com/watch?v=XfH7Hzxbg_Y





BOI DE PINDARÉ

Liderados pelo município que lhe deu o nome, é parecido com o sotaque de matraca, apenas o ritmo é mais lento, os pandeiros são menores, sobressaindo o grande chapéu do rajado.

http://www.youtube.com/watch?v=18sPgkG_yDk



http://www.youtube.com/watch?v=UiVBDFuSV-4





BOI DE CURURUPU, SOTAQUE COSTA DE MÃO

Usam somente maracá e pandeiros tocados literalmente com a costa da mão.


http://www.youtube.com/watch?v=Bnc7wZNur-4





http://www.youtube.com/watch?v=d4VOgVlqL7U



BOI DE CAIXA ; SOTAQUE DE CAIXA

O sotaque de caixa é típico de algumas zonas rurais da baixada maranhense, sendo basicamente um boi de promessa e de tradição familiar, onde a as CAIXAS são os únicos instrumentos ocorrentes.


https://www.youtube.com/watch?v=jFts662vbUc





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brennand


Brennand e Lerê



Brennand

Sua arte é sensual
Puro desejo de fazer algo igual
Ainda que seja humanamente impossível
Que ao menos seja divinamente atingível


Deliciosamente para corpo e mente...Sugiro

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Primeiro Curso de Cerâmica

Graças ao Museu de Arte Popular do Recife, iniciei minha carreira de ceramista.



Num curso coordenado por Alexandre Amorim, muito bem organizado e freqüentado por amantes da argila,  pude aprender gratuitamente a base da cerâmica figurativa com Sussula, um dos grandes Mestres de Tracunhaém.
Neste curso ganhei a amizadade de tantas belas pessoas com as quais tive o prazer de compartilhar o sucesso de nossas esculturas em duas exposições na cidade do Recife, Pernambuco.
Agradeço pelo Museu de Arte Popular do Recife ter adquirido minha primeira obra: Do Maranhão à Marim dos Caetés (título sugerido por Terezinha Lavra).
Meu muito obrigada aos funcionários do MAP, colegas de curso,visitantes das exposições e especialmente ao meu grande e querido amigo Jura..."Sem você tudo isso não existiria".

domingo, 17 de outubro de 2010

CURRÍCULO de LERÊ

Nome: VIRGINIA COSTA LERÊ

Academia Belle Forme
Rio de Janeiro
1984-1986

Escola de Ballet Reynaldo Faray
1987-1989

Seleção Estadual de Ginástica Rítmica Desportiva - Prof. Waldecy Vale
1990-1994

Coralista - Colun Vox - Regentes: Volga Lena e Carlos Sérgio
1990-1994

Teatro Arthur Azevedo - Antonio Gaspar, Débora Silveira
1995-1996

Grupo de Dança Tradicional Boní
Awassa
Village Saramacai de Kourou - Guiana Francesa
2001-2003

Coralista - Coral Doce Voz 
2004

Companhia de Dança Afro-Contemporânea Norma Claire
Paris - Kourou - Guiana Francesa
2002-2003

Tambor de Crioula Catarina Mina
2003-2005

Companhia de Dança Afro LERÊ
Rua do Evangelho,Vila Palmeira
São Luís do Maranhão
2005-2007


Grêmio Musical Henrique Dias
Teoria Musical
Quatro Cantos – Olinda
Pernambuco
2007-2008


Ateliê Arte Encantada
Alamêda do Sol- Olinda
Pernambuco
2007-2008


 Curso de Cerâmica Figurativa
Museu de Arte Popular do Recife
Mestre Sussula
2008

...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Afro Lerê por Franco Nulli


Para Franco Nulli...
Sem Palavras
Sem canto
Sem voz
Sem descanso

Com imagens
Com um olhar
Com cores
Com o teu sonhar
                                                                                   Lerê   
                                                                                                                   
                                                                                                    
Coreografia da música Timbó - Elza Soares
foto by Franco Nulli
 

 Tia Lerê e suas bailarinas
by Franco Nulli



Tia Lerê e Stéphany
 

Entrada da Escolinha

  Obrigada Franco Nulli por imortalizar este trabalho através destas fotos.
Um certo dia quando nos encontramos por acaso, vieste conhecer minha pequena escola e foste recebido com todo o carinho que meus pequenos alunos tinham para te oferecer...Ainda temos boas lembranças.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mudança de Sede.

 



Neste trabalho dedicado às crianças da Vila Palmeira, tive oportunidade de aprender muito. Infelizmente com minha mudança para Olinda em 2007, deixei o Projeto sob os cuidados de uma pessoa que não considerando sua importância, vendeu todo o material disponível devidamente arranjado em novas instalações por necessidade financeira.
   Mas ficam registrados nestas fotos, os últimos momentos na antiga sede, o dia da mudança que esperava ser uma nova etapa do processo de crescimento da Companhia de Dança e a tristeza saudosa de uma simples professora de dança apaixonada pelo seu pequeno Projeto.   
                               





Meus olhos se afogam em lágrimas que não escorrem 
   Em ecos de sorrisos e brados de alegria
   No espaço que ainda emana a energia de pequenos talentos
   Meus olhos procuram a esperança que morava naquele lugar
   Nos brilhos castanhos, negros e qualquer raro esverdeado de uma expressão inocente
   Saudade dos filhos que não eram meus
   Mas que de algum modo se tornaram frutos de uma pequena semente.
  


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O que é a COMPANHIA DE DANÇA AFRO LERÊ?

COMPANHIA DE DANÇA AFRO MESTIÇA LERÊ

Um dia de cabeça erguida, com o corpo e mente saudando a ancestralidade, iremos representar através da dança, a nossa identidade diante de todos.

Treinando a cada dia sem desprezar os conselhos de nossos mestres, colocaremos pouco a pouco em nosso curso a organização necessária para crescermos nos orgulhando de nossa Companhia de Dança.
Disciplina, deve ser não somente uma palavra chave em nosso meio ; mas sim, uma atitude corriqueira durante os ensaios.
Para uma pessoa dizer que é profissional de dança, tem que estudar muito e com humildade dar um passo de cada vez, respeitando os limites de seu próprio corpo.

Deve também encarar a arte de dançar como um trabalho digno e especial ; é aprender a falar com movimentos sem dizer uma única palavra.

Agindo com consciência de si, dos demais colegas e de quem assiste,o bailarino deve ter a intenção e capacidade de transmitir a sua mensagem.

Fazendo assim cada um de nós deve criar um estilo, e com elegância desenvolver todo o conhecimento que a dança exige.

E os resultados de tudo isso, serão mais do que os aplausos...Uma grande satisfação interior de compreender a vida com alegria e suor.

Conscientizar-se que aquilo que evoca nossas origens : africanas, indígenas e européias, constituindo assim parte de nossa cultura miscigenada, nos dá a plenitude do quanto somos privilegiados ao termos nascido numa Terra onde essa mistura fez do tempero brasileiro algo incomparável : forte, cheiroso, colorido e gostoso.

Lerê
Companhia de Dança Afro Lerê
                                                                                                                                                          Minha Origem é o Meu Futuro!
 http://www.jornalpequeno.com.br/2006/10/6/Pagina43445.htm

Um sonho e uma vontade de contribuir com a minha comunidade ; são a alavanca desta idéia que brotou em meu coração quando ainda criança.

Em dezembro de 1986, desembarquei em São Luís do Maranhão juntamente com a minha família vinda do Rio de Janeiro , e de imediato nos instalamos no bairro da Vila Palmeira.

Esta mudança me causou profunda impressão quanto ao contraste então me apresentado. Impactada , construí com o tempo o desejo de fazer algo pela comunidade que passara a fazer parte.

Crescí observando dia-a-dia a injustiça social, a falta de infra-estrutura do lugar, os tipos de construções; a ociosidade e marginalização dos jovens e adolescentes; tendo ainda presenciado por muitas vezes a violência em várias escalas.

Deslumbrei um futuro melhor. E acreditando no resgate da auto-estima, identidade cultural e dignidade de nosso bairro, é que proponho através da Companhia de Dança Afro Lerê , atividades culturais, sociais e educacionais direcionadas a todos quanto desejarem, com propostas simples e viáveis.

Sou prova de que um sonho de uma criança pode crescer junto com ela. Hoje posso afirmar que sonhar acordada é uma experiência mais que verdadeira, e que muitos podem viver esta realidade conosco.

PARTICIPEM !
Lerê
                                               

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ceramista Mestre Sussula de Tracunhaém

Esta é minha pequena homenagem ao meu mestre ceramista SUSSULA de Tracunhaém.

Mestre Sussula e sua aprendiz Lerê
Mestre Sussula e Sussula Jr.

Ao meu grande mestre
Amigo
Artista
Amante da arte popular
Meu incentivador
Paciente professor
Na arte de moldar
Que da argila belas coisas me fez criar

Da simplicidade de Tracunhaém
Beleza de cidade Pernambucana
Terra de outros ceramistas também
Merecedores de reconhecimento e fama

Mestre Sussula meu sempre mestre
Homem de simpatia inspiradora
Pessoa de talento contagiante
E mesmo estando eu distante
Recordo das lições mundo à fora


Muito obrigada Mestre Sussula!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Trabalho com amor

"Dos anos que vivo, que vejo, que sinto

Na dança, no corpo, na voz ou num sopro

Aquilo que pinto

Suando na alma desejo infinito

De fazer mais e melhor."

Artista Virginia Costa,carinhosamente chamada de Lerê.